quinta-feira, 16 de abril de 2009

GF Paragon em Portugal

Há poucos meses passei a frequentar o Projecto BTT, foi uma agradável surpresa que conheci no tópico da roda 29, mais alguns bttistas despreconceituosos capazes de esperar para ver o que é uma bicicleta com roda 29. O Hugo Carvalho é um dos "projectista" que já testou uma 29er, mais concretamente uma Gary Fisher Paragon. Simpaticamente enviou-me a sua análise e as fotografias que segue em baixo.
Mas esta não é a unica Paragon a rolar já em Portugal, pois já há mais uma na Marinha Grande, não, não é minha, mas gostava que fosse!Fica aqui a grande questão quem será o primeiro a ter uma Gary Fisher Superfly???Será que vai ser o Hugo???

"Análise Gary Fisher Paragon 29er
Tamanho: LG (19")
(...)(características técnicas)Dia 14 de Março, um dia que para muitos nada dirá mas que para mim ficará na memória. Pode-se mesmo dizer que se fez mais um pouco de história no BTT Nacional. A primeira 29er em Portugal para testes, foi testada! Tive o enorme prazer de ser o primeiro a fazê-lo e só tenho a agradecer ao amigo Vitor Vitorino do Clube BTT Vale de Barrios/ VBBikes, a oportunidade que me deu.

A máquina de roda 29 é a Gary Fisher Paragon. Confesso ser um apaixonado por 29ers mas uma paixão à antiga... à distancia. Já anteriormente tinha experimentado algumas 29ers mas apenas para pequenas voltas sem nada de mato. A amada (Gary Fisher SuperFly) de certeza que não se sentirá enganada por me ter montado na Paragon e desfrutado de uns dos melhores trilhos nacionais.

A estreia não podia ter sido em local mais paradisíaco(outra minha paixão): a Serra Mãe! Os trilhos escolhidos, foram pensados para a Paragon, para um verdadeiro teste a uma 29er. Estradões, single-tracks com vários níveis de dificuldade, vários tipos de piso (areia, rocha, gravilha)... uma manhã soalheira... um cenário perfeito para o teste!

Começando a análise pelos componentes:

- Quadro: Esteticamente simples e bonito. Robusto, boas soldaduras, geometricamente muito bem conseguido. Apesar de não ser o meu tamanho de quadro, senti-me sempre confortável no mesmo. É importante referir que tenho 1,93cm e o tamanho de quadro era um 19 quando sempre usei tamanhos XL (21/22). Um quadro algo pesado mas a compensar a rolar e sobretudo nas descidas que aliado às rodas 29, transmite uma segurança como nunca senti em cerca de 15 anos de BTT.

- Suspensão: Cumpriu muito bem a sua função mas a certas alturas, perguntei mesmo o que é que a mesma ali estava a fazer... Cheguei a imaginar por várias vezes, uma 29er totalmente rígida e amigo Vitor que me perdoe mas alguns singles mais técnicos fiz mesmo com a suspensão bloqueada e... adorei! Também encontrei robustez na suspensão e estética também muito bonita.

- Rodas: Mais robustez! Mais segurança! Também mais peso é verdade mas não se pode ter tudo e quem tem segurança, fiabilidade, eficiência, não pode ter muito mais.

- Pneus: Em tempos usei 2.1 mas já há muitos anos que uso 1.95 e mesmo 1.9. Foi bom recordar outros tempos. Foi bom sentir a segurança deste pneus, foi bom sentir a tracção nos mais diversos tipos de piso e mesmo apesar da medida, muito bons rolantes, também fruto do tamanho das rodas. O único aspecto negativo, talvez a resistência a furos. Já no final do teste e ao fazer um pouco mais de pressão sobre o pneu da frente (ao pedalar em pé) o mesmo furou de imediato num estradão com alguma gravilha.

- Manípulos/desviadores: nada a apontar!

- Pedaleiro: Merecia um XT.

- Pedais: Não são os que vêm de origem. Apenas usados para o teste.

- Selim: Esteticamente bonito e confortável. Já no final do teste senti algum desconforto mas penso que seja devido ao facto do desenho ser novo para mim.

- Guiador: Também muito longe do que sempre usei mas a Paragon estava preparada para passar no teste da segurança e no final até gostei do guiador. Dificilmente utilizaria aquele comprimento e geometria mas a verdade é que me senti sempre bem. Novas experiências para quem sabe, usar no futuro...

- Travões: Também sem muito a apontar. Bonitos e eficazes embora continue a preferir os XT que sempre usei.

Resumo: Adorei a experiência e fiquei mais uma vez rendido às 29er! A bicicleta que testei, se fosse minha, iria passar por muitas transformações. Outras rodas, outros pneus, outro guiador, outra suspensão, outro selim, outra pedaleira, outra transmissão... tudo mais à base de gostos pessoais e também a pensar numa dieta.

Uma verdadeira “ultrapassa obstáculos”! Sejam pedras, buracos, troncos, etc e podem crer que testei em todos estes cenários. Mesmo em single-tracks mais apertados, encontrei agilidade o que pensava iria ser um aspecto negativo das rodas 29.

O único aspecto negativo que encontrei foi mesmo o arranque/sprint mas depois de embalar, é caso para dizer que ninguém a agarra.

Espero um dia, ser dono de uma 29er mas neste momento é impossível, sobretudo para quem faz inúmeras experiências com rodas, pneus, suspensões, etc... que é o meu caso.

Ficarei à espera de ver mais componentes, mais novidades porque 29ers, já se vêm algumas pelos trilhos nacionais.

Também tenho quase a certeza que não irão ver-se muitas em circuitos de XC mas já não tenho qualquer dúvida que serão as bicicletas de eleição para as longas distâncias (maratonas, travessias, resistência, etc).

Aguardarei... com muita paciência.
Cumprimentos betetistas

Hugo “Espigão” Carvalho"

Obrigado Hugo!

2 comentários:

ruiruim disse...

Só faltou dizer que a serra mãe é a ARRÁBIDA! atenção aos pormenores hummm :)

As Minhas Pedaladas disse...

Ai a praia dos Coelhos... No ano passado com aquela coisa do trail running, fui buscar qualquer coisa ao carro e subi e desci sempre a abrir, que grande gozo!!!