domingo, 25 de fevereiro de 2018

Fiz Uma Prova de 3H na SingleSpeed

Hoje concretizei uma vontade que tinha há algum tempo: participar numa prova com a bicla single speed.
Foto de Jorge Nunes
 A prova escolhida foi a Resistência de 3 horas do Juncal, por diversas razões. Uma delas era a prova ser organizada por pessoal que conheço há 10 anos. Foi com eles que partilhei aqueles trilhos fantásticos que existem entre o Juncal, Montes, Alcobaça e Porto de Mós. Entretanto deixei de morar naquela zona e a ligação com eles perdeu-se, por isso gostava de os rever.
Foto de Jorge Nunes
 Quis também fazer esta prova porque não tinha uma grande altimetria e a distância por volta não era muito grande, 5 quilómetros, o que para mim era importante, porque sendo curta, conseguia manter-me motivado pela rápida passagem pela zona de meta. Quem já fez provas em circuito sabe do que falo. O percurso estava muito bem conseguido, com estradões para as ultrapassagens e singles com muitas curvas.
Há quem diga que detesta andar às voltas. Compreendo que pode não ser muito motivante, mas, como tudo, depende do que queremos valorizar. Uma coisa que me agrada nos circuitos é que, ao passar repetidamente numa determinada parte mais difícil do circuito, posso tentar melhorar a técnica e velocidade na passagem nesse segmento. Bem... Isto, no meu caso, aplica-se às descidas, porque, em relação às subidas, nesta prova aconteceu o inverso...
Foto de Jorge Nunes
 Arranquei com dois colegas do trabalho que pouco depois deixei de ver. Um deles, o Mário, só o voltei a ver na última volta, mesmo a chegar à meta, quando me alcançou. Quanto ao Carlos, só o vi no final, já no carro. Em tom de brincadeira, disseram que o objectivo deles era alcançar-me: um deles conseguiu. Mas tendo em conta a desproporcionalidade da minha bicicleta, com 1 velocidade (32x19) para 11 (32x11/42) das bikes dos meus colegas, confesso que achava que essa passagem ocorresse mais cedo e por mais vezes.
Quanto à prova propriamente dita, correu bem. Nas primeiras 3 voltas consegui fazer todo o circuito a pedalar, as seguintes já tive de fazer duas subidas a pé. Sabia que tinha de andar, só não sabia quanto nem quando. Nunca me esforcei demasiado, porque sabia que com o decorrer da prova o cansaço iria aparecer e foi isso que aconteceu. Nas duas últimas voltas, passei a fazer a pé 3 subidas, uma mais longa do que as outras. Foi nessa altura que as cãibras apareceram – quando voltava a montar na bicicleta, pedalava com menos força na perna afectada e "pedia ajuda" à outra.

Para comer durante a prova, não trouxe nada dessas coisas da "nutrição desportiva". Na primeira volta ainda senti o pequeno-almoço na barriga, mas depois a coisa compôs-se. Aproveitei as subidas que fazia à mão para comer uns amendoins com sal, passas e tâmaras. Ao passar pela meta comi uns cubos de marmelada e ia enchendo o bidon com água e coca-cola.
Foto de Marco Belo
 No que toca à bicicleta, esteve quase tudo bem. Depois da terceira volta baixei a pressão do pneu da frente. Havia umas curvas em que os pneus eram postos à prova. Depois dessa alteração, deu para descer um pouco mais depressa sem perder tracção. Foi a primeira vez que fiz, com esta bicla, mais variações de terreno do que as ligeiras subidas que tenho feito no pinhal de Leiria. O quadro da Trek Superfly Pro SL é fantástico, parece uma suspensão total mas com uma precisão incrível. Também estou contente com a relação 32x19 em prova.
O ritmo também foi mais forte e isso repercutia-se na forma como pedalava. Notei que depois de um momento em roda livre, quando voltava a pedalar, havia um intervalo entre a força que fazia para baixo e o momento em que a força era transmitida à roda. Uns dias antes, tinha visto um vídeo a falar na conversão de um kit de 18 para 54 dentes no rachet das rodas DT Swiss. Esta modificação faz com que haja um intervalo menor na transmissão da força para a roda, o que em subidas mais técnicas e exigentes para as pernas até dá jeito.
Foto de Karine Constantino
2018 já está a ser um bom ano de pedaladas, não tanto pelos quilómetros, mas pelo gozo que tenho tido nas voltas que vou fazendo. Já estou a pensar numa maratona, mas tenho estado tão longe destas coisas que nem sei o que há por aí agora. Falaram-me na Rota da Chanfana, talvez seja um bom desafio.

Os dados da Prova:
Inscritos:128
Classificação Final:106
Quilómetros por volta: 5.2km
Altimetria por volta: 114mt
Voltas do mais rápido:14
Voltas dadas por mim: 9
Quilómetros totais: 46.8km
Altimetria total: 1031mt

domingo, 18 de fevereiro de 2018

Upa, Upa, Maunça

Serra e muita pedra na companhia de dois amigos do pedal num dia cheio de sol com muitas subidas e melhores descidas. Assim foi este domingo.

Grande entusiasta da cenas radicais o André pedala sempre à procura daquela pedra que dê para dar um salto. 
Este rapaz é o Rafa, tem uma bicla da Decathlon e dá-lhe mesmo bem nas descidas. Não tem, ao contrário de mim, medo nenhum quando tem de descer uns trilhos mais complicados. A bicla não  o acompanha o seu andamento e já no regresso o eixo da frente rebentou, o que obrigou a um regresso quase a andar a pé.
 
O André ainda tem câmara-de-ar atrás e desce como se estivesse na Enduro World Series...  Resultado: Furo! Parece que é só o pneu morrer e a conversão a tubeless será concretizada muito brevemente. 
Os dados da volta:
Distância: 35.8km
Altimetria: 961m
Tempo da volta:3,09h

domingo, 4 de fevereiro de 2018

Alone in Curvachia

Volta pequena mas sempre boa até à Curvachia. Foram duas subidas e casa. A lama era muita o que dificultou as subidas, mas o dia estava soalheiro.

Já tenho um espigão telescópico, é usado e não funciona da melhor maneira, mas deu para perceber que realmente a condução em descida muda drasticamente para melhor. Não tenho muito jeito para descidas muito técnicas por isso este espigão veio mesmo a calhar.
 Um destes dias falo nas alterações que tenho feito nesta bicicleta.
Como às vezes gostaria de ter mais uns dentes para acrescentar a estes 42... Na verdade 42 dentes é suficiente, mas quando aparece uma subida mais longa e com muita pedra, torna-se mais difícil. Quando comprei esta cassete ainda não havia muitas com 46 dentes... Agora só há uma coisa a fazer, ganhar mais força nas pernas.