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terça-feira, 13 de março de 2018
segunda-feira, 5 de março de 2018
domingo, 4 de março de 2018
De Volta ao Pinhal a Fugir à Chuva
Não me posso queixar, até tenho conseguido dar umas boas
escapadinhas de bicla. Este domingo comecei a volta à saída da Marinha Grande,
logo ali onde a mata nacional começa. Ir de Leiria a pedalar por uma estrada
cheia de trânsito já não é para mim. Não estou para isso: as tangentes são
demasiado assustadoras e faz-me pensar na minha filha, que quero continuar a
ver durante muitos e bons anos. Foi por essa razão que vendi a bicla de
estrada. Sim, continuo a ter de pedalar na estrada, mas agora é só para fazer a
ligação com os trilhos.
De vez em quando ouvia o roncar das motas a abrir pelos
trilhos. Há quem critique estas actividades nas matas, mas, na verdade, são as
motas e os 4x4 que mantêm muitos trilhos abertos e limpos. Depois da tragédia
que aconteceu aqui no ano passado, deveríamos relativizar o efeito que estes
veículos têm na mata. Já tive uma mota e um 4x4, e também andava por aqui com
eles – as saudades são muitas. A certa altura, passo por um grupo de motas, abrandam e eu afasto-me: gostamos todos de andar por aqui e todos nós desejávamos que estivesse tudo mais verde.
Não compreendo como é que o ICNF criou uma série de entraves ao evento Pinhal das Artes,que levou ao seu cancelamento em 2016.
Há vida nas matas! Que pegada é esta? Tem pelo menos uns 7
ou 8 cm. Será de um javali? Ou de um daqueles veados que se soltaram de uma
quinta perto da Nazaré, quando foi o grande incêndio de Outubro?
São assim as marcas deixadas por quem pedala com uma única
uma mudança. A areia estava tão mole que mesmo com mais velocidades também
teria de caminhar. Prevê-se ainda mais chuva. Portugal agradece.
Ainda com o pó da prova do Juncal.
Tenho umas botas (ou serão sapatos?) de Inverno. Será que precisava disso? Até tinha umas capas de sapatos de neoprene. Talvez até não necessitasse, mas é aborrecido enfiá-las e como são abertas em baixo, acabam sempre, mais tarde ou mais cedo, por meter água... Este ano investi nuns sapatos à prova de água, e vento. Construídos com uma membrana de Gore-Tex da marca Northwave: os Raptor GTX. Parecem umas botas, mas na verdade são sapatos, uma vez que acima do calcanhar já só tem uma manga de neoprene, o que permite uma grande liberdade de movimentos. Tenho-os utilizado nas saídas deste Inverno e posso dizer que realmente resultam: nada de frio, mas também nada de condensação dentro dos sapatos. Utilizo-os com umas meias de lã merino, também da Northwave, e a membrana Gore-Tex permite mesmo que os pés respirem sem que entre água para dentro dos sapatos. Já tinha tido boas impressões destes sapatos, mas nada como comprovar por experiência própria.
A sensação de estar num lugar tão especial, por não termos
ninguém à nossa volta, é única. Aqui e ali já comecei a ver vida. Há pinheiros
que já não vão recuperar, mas há outros que sim. Gostei de ver que, em algumas
zonas, já cortaram o que tinham a cortar, mas não indiscriminadamente, porque
no meio dessas árvores ficava uma ou outra de pé e com alguma caruma verde. Mais umas pedaladas e mais umas passadas com a bicicleta à mão e estou na ciclovia que vai para a praia da Vieira. Não queria ir logo para São Pedro de Moel, por isso mais à frente torno a virar para leste, para passar numa subida de pedra que existe antes de chegar à Ponte Nova. Depois segui por estrada até à praia Velha. Esta estrada tem estado cortada desde os incêndios e está cheia de ramos e folhas.
Depois de um café em São Pedro de Moel, tomo a direcção da Marinha Grande. Mais uma vez, não vou pelo caminho mais curto e torno a ir pelos trilhos. Não sei bem por onde vou, mas tenho uma relativa noção de onde fica o Este.
Começa a chover na recta da ciclovia que me leva ao carro. Depois de arrumar bicicleta, a chuva já cai torrencialmente. São 13:00 horas.
Dados da Volta:
35 km
3 horas Total
414 m Acumulado
15 km/h Média
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