Faltam três semanas para o Geo-Raid Terras de Xisto tenho treinado durante a semana mas para uma prova tão difícil impunha-se um treino mais pesadinho. Habitualmente saio de casa sem uma grande ideia da volta que irei dar, mas desta vez sabia bem qual seria o objectivo, volta longa com o maior número de subidas possiveis!
Ás 10:20 estava na rua, depois de um café numas bombas de gasolina, fiz-me à estrada.
Logo à saida da Marinha Grande cruzei-me com o Quim e outro colega do Clube BTT do Juncal, vamos à conversa durante algum tempo, mas param na Moita para um lanche.
Sigo para a Nazaré, muitos ciclistas e bttistas na estrada. Cada vez há mais pessoal a pedalar, que bom! Já na Nazaré não resisto e tenho que passar pela marginal para ver o mar. Estava calmo, melhor do que em muitos dias de Agosto!
Nazaré fica para trás, viro para a subida de Cela, são 3 ou 4 quilómetros de subida, que se for feita com alguma intensidade vai doer. Meto o prato 50 e duas abaixo da mais leve na cassete, até meto o pulsometro a contar o tempo, mas a 700 metros do fim da subida, vejo o chão sujo, olho para a árvore que esta em cima e vejo que é uma figueira!!!
Ainda por cima de figos pretos. Mandei lixar a contagem do tempo e parei.
Comi uns 10 figos, eram pequenos mas bastante saborosos.
Em Alcobaça, cruzo-me com um colega de pedaladas, é o Gualdino e o seus colegas, são 12:20 a volta deles está a terminar. Subi para Aljubarrota, parei nas bombas do David, colega do CBTT do Juncal, enquanto conversamos, como metade do pão com marmelada.
De volta ao asfalto, sigo em direcção à Batalha, para fazer a subida para Fátima. Uma coisa boa das subidas mais duras é que depois, apesar de continuarmos a subir, por vezes apanhamos uma subida ligeiramente menos inclinada, que, se não metermos uma velocidade mais pesada e continuarmos com uma relação leve, nos deixa descansar! Na rotunda do café Kanguro viro para a direita em direcção a São Mamede, Pia do Urso, Minde. Chego a um cruzamento, tenho que decidir entre Minde e Mira D'Aire. Virei para Minde.
Esta estrada não tem nada de especial, mas gostei bastante, é estreita, isolada e o asfalto é bom.
Mais umas pedaladas e já estou perto. No final da subida vemos a autoestrada A1 do lado esquerdo, em frente a subida para a Serra de Santo António e lá em baixo Minde. Vinha a fazer conta como supermercado do Minipreço no qual tinha parado numa das
minhas voltas por aqui, quando lá chego estava fechado!!! Bolas, queria uma bebida isotónica, uma cola e alguma coisa para comer. Paciência, nas bombas de gasolina logo ali ao lado comprei uma Coca-cola. bebi um pouco e guardei a garrafa, tinha que fazer mais alguma coisa para beber o que faltava!
De volta à estrada olho em frente, a serra vista de Minde parece enorme (e é!). Tenho que relativizar, não vale a pena pensar em tudo o que falta subir, ironicamente o acesso à subida inicia-se com uma subida.
Não vale a pena estar a brincar com as mudanças, 34x25 e rabo no ar. O calor no asfalto e a força que é necessária para meter a bicicleta em movimento fazem o pneu de trás chiar a cada pedalada, como é que será fazer esta subida com chuva??? O inicio da subida custa bastante, a certa altura, apesar de continuar a subir esta deixa de ser tão inclinada, quase que dá para descansar. Depois da curva em cotovelo mais uma recta de 1 km? Agora já não há árvores por isso encosto-me ao lado esquerdo da estrada, pelo menos as pernas apanham sombra. Vou alternando a posição ora sentado ora em pé. Minde está lá em baixo.
Hora de beber a Coca-cola e o resto do pão com marmelada, já trabalhei para o lanche! Agora é descer qualquer coisa e tornar a subir para as grutas de Santo António.
Sigo para Alvados.
Em Porto de Mós apanho o Minipreço aberto. Abasteci-me com1 Powerade, 1 Red Bull marca Minipreço (0,39€) e 1 pacote de tiras de milho (estava a precisar de sal). Quando vou para meter novamente o capacete vejo que tenho um penteado espectacular, uma crista perfeita, pareço mesmo um galo (que figurinha...)
Bem, não há muito mais para contar, Juncal, Montes, Pataias e Marinha Grande. Aqui parei logo no McDonalds afinal eram 17:30 e não tinha almoçado.
Depois de lavar a cara e os óculos, ataquei um CBO umas batatas e uma bela cerveja. Não será a melhor alimentação para recuperar, mas ninguém é perfeito.
O caminho até casa foi feito devagar.
Depois de um banho ainda deu para ir ver as nuvens e o mar.
Tenho 3 espaçadores no avanço, estava a andar com dois em baixo e um em cima, na semana passada passei o terceiro para baixo. Não me estava a dar problemas, mas com vento meto as mãos nos drops e acabo por ficar com dores no pescoço, no final desta volta não tinha dores nenhumas.
O conta-quilómetros está sem pilhas, é uma pena estava a adorar a informação da cadência, na verdade é isso que sinto mais falta. É sempre bom saber quantos Kms já fizemos, mas normalmente sempre que ando evito saber o que já fiz. No passado dava alguam atenção a isto mas depois verificava que faltava sempre muito ou então as centenas de metros demoravam tempo de mais a passar no mostrador. Na Gary Fisher, depois de ter perdido o sensor nas 24 horas de Lisboa nem me preocupei em comprar outro. As voltas são todas registadas, mas em horas.
O que levei comigo:
1 bidon com água 500ml
1 bidon com Isostar Long Energy 750ml
1 pão de mistura com marmelada
2 bananas
1 barra energética, EAFIT
O que comprei durante a volta:
1 Coca-cola 500 ml
1 Powerade 500 ml
1 lata tipo Redbull Minipreço
1 Hamburger CBO+ batatas fritas+ ketchup
1 Cerveja
Os dados da volta:
- 144kms, velocidade média 20 km/h
- Acumulado de subidas de 1357 metros (pensei que fosse mais)
- Acumulado de descida 1362mt
O Coração:
Tempo real: 7:30 Tempo de treino 6:25, 143 bpm md, 175 bpm mx, 4417 kcal, 2 horas acima dos 160 bpm